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CARNAVAL 2011, Fantasias de Sangue e Carros alegó

CARNAVAL 2011, Fantasias de Sangue e Carros alegó

 

 

CARNAVAL 2011,  Fantasias de Sangue e Carros alegóricos da morte!

 “Carnaval de 2011 registra 16% mais mortes nas estradas do que em 2010”

 

E de quem será a responsabilidade por tantas mortes no trânsito? No meu entender a responsabilidade é dos pais, motoristas, educadores, autoridades e pedestre. Acidente não acontece por acaso, por obra do destino ou por azar! A segurança no trânsito depende de cada um de nós. Todos somos responsáveis pelos acidentes e suas conseqüências. O que vemos no trânsito, apesar do aumento da fiscalização e das notificações, continua sendo o retrato da cultura do nosso povo, não existe falta de educação no trânsito. O que existe é falta de educação mesmo. O trânsito apenas reflete o desrespeito ao próximo, a competitividade exacerbada e inconseqüente e, sobretudo o hábito costumeiro de sempre levar vantagem.  Nada poderia demonstrar com mais exatidão quais são os defeitos principais desse povo e apontar melhor caminho para corrigi-lo. O brasileiro, tão criativo, orgulhoso de seu “jeitinho” que arruma soluções para tudo não parece perceber que, contra regras não deve haver jeitinho. O egoísmo, personalizado no “jeitinho”, consiste em não reconhecer que há diversos outros semelhantes que compartilham das vias públicas e mereceriam igual respeito. Ao pensar que sua pressa ou sua comodidade são prioritárias, torna-se vítima igualmente de outros que assim pensam. A ONU estabeleceu que o limite tolerável para perdas de vidas em acidentes de trânsito é de 3 mortes para cada dez mil veículos por ano. Nos países onde a educação para o trânsito ocorre desde 1960, à média é de 1 morte anual para cada 10 mil veículos; no Brasil, segundo o DENATRAN, ocorrem 25 mortes para cada 10 mil veículos. Hoje, cerca de 40 mil pessoas perdem a vida no trânsito brasileiro. Isso equivale à queda de um avião a cada dois dias! Temos meio milhão de feridos todos os anos, dos quais cerca de 100 mil ficam com seqüelas, lesões irreversíveis que essas pessoas carregarão para o resto de suas vidas como marcas da tragédia. Para se ter uma idéia do que isso representa, basta imaginar uma cidade inteira sendo trucidada no trânsito. É uma catástrofe! Como se não bastasse, o acidente de trânsito ainda roubam da sociedade brasileira cerca de 20 bilhões de reais todos os anos. Inegavelmente, o automóvel entrou de vez em nosso cotidiano, facilitou a nossa vida e ampliou os limites de nossos mundos particulares, abrindo possibilidades de viajar, descansar, conhecer pessoas diferentes e lugares distantes.

       

Entretanto, passa praticamente despercebido o fato de, atualmente, os acidentes de trânsito terem se tornado um dos maiores problemas de saúde pública Parece que estamos nos acostumando a tal ponto com eles que já os estamos vendo como acontecimentos naturais. Em várias circunstâncias, ficamos tão impressionados com os aspectos que particularizam alguns desses acidentes que até nos esquecemos de como suas conseqüências são dolorosas e trágicas para o acidentado, sua família e a sociedade como um todo.  Muitas pessoas comparam - e com razão - as perdas de vidas e as lesões e incapacitações provocadas pelos acidentes de trânsito com aquelas resultantes de uma guerra. Talvez seja até pior, porque mesmo nas guerras existem períodos de paz e trégua. Uma das maiores causas dos acidentes chama-se condutor de veículo Estatisticamente, 75% dos acidentes foram causados por falha humana (condutor), 12% por problemas nos veículos, 6% por deficiências das vias e 7% por causas diversas, ou seja, podemos dizer que o homem é responsável, direta ou indiretamente, por 93% dos chamados “acidentes de Trânsito”.

 

A educação para o  trânsito é hoje uma preocupação mundial. Se a falta de educação leva ao subdesenvolvimento e mata a longo prazo, a falta de educação no trânsito mata de imediato.

Não basta sinalizar as vias públicas, ou colocar radares nas avenidas, é preciso educar para o trânsito.Não temos que inventar fórmulas. Elas já são conhecidas e testadas. Podemos começar com os três ‘‘E’’. Nos países do Primeiro Mundo, os três ‘‘E’’ — Engenharia, Educação e Fiscalização. Aqui, infelizmente somos fracos nos três ‘‘E’’.  Engenharia esconde uma armadilha a cada esquina. Fiscalização falha e  educação sucateada. A educação é a única solução para os problemas do trânsito. A curto e a médios prazos, podemos até nos valer das advertências, punições e ameaças quais sejam: os guardas, pardais, barreiras eletrônicas e até cassação de carteiras; mas, a longo prazo, só um motorista consciente e responsável irá, independente de qualquer ameaça, apresentar um comportamento civilizado no trânsito. Com educação é possível transformar comportamentos e potencializar o desenvolvimento de valores e atitudes, construindo um trânsito mais humano e cidadão.

 A escola tem muito a contribuir na construção de um mundo de paz. Mas para isso será necessária uma educação integradora, no qual o clima escolar dialógico seja experimentado pelos estudantes, no relacionamento entre eles mesmos e com seus educadores. Isso começará por uma revisão radical do modelo educacional, rumo a práticas pelas quais crianças e jovens aprendam a ser tolerantes e solidários. Para o futuro, as gerações vindouras, devemos deixar o melhor e não o pior, caso contrário para que serviria a evolução se não para o aprimoramento, o trânsito deve rumar para maior segurança. Como Kant dizia: O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. Normalmente as pessoas perguntam quem é o culpado, onde a pergunta correta é quem poderia ter evitado o acidente.